Monday, July 17, 2006

Nascimento.


Sopros distantes anunciam a chegada...
O Universo não se resume mais em um único ponto de luz.
Os planetas estão soltos, e ironicamente alinhados. Desconheço o ritmo de sua valsa.
Enquanto expressam a arte da dança Universal, tecem cores que dão vida à todo ser inanimado.
E o presente é dado, e opto por aceitar : a dádiva de pertencer à espécie Humana.
Mas sem possibilidade de escolha, sei de minha condição: carne.
A carne que sente as dores quando ferida.
O corpo que sente fome e vontade de comer.
O Ser-Humano, em sua plenitude também caótica.
E alimento sem saber, a necessidade de trilhar o caminho de mãos dadas não somente com meu silêncio, mas com silêncios alheios, que após algum tempo, cansam de trabalhar calados e passam a compartilhar palavras.
Mas a rotação permanece na essência do Eu, e em uma relação quase enigmática...


Explosão!
Orgasmo mental!
Nasce o filho: retalhos de mim.