Monday, August 11, 2008

do meu cheiro de pimenta-rosa e o seu conhaque


Eu estava pensando em você quando ele ligou.
a tarde está como naquelas tardes de sábado ou domingo em que o céu azul-das-18-horas olhava a gente se se olhando deitados na cama.
o vento era leve e se misturava com o cheiro do meu perfume de pimenta-rosa e o conhaque que você bebeu, me ofereceu e eu não quis. E agora esse cheiro-lembrança passa lentamente para ele por extensão, descuido da minha saudade que deixou esse perfume se espalhar pelos meus passos enquanto eu atendia o telefone.
Mas ele, ele não tem esse cheiro, e transpor-lhe essa condição eu não aguento.
você sim. você é todo dor, amor, sentimentos visserais que me consomem e eu já me acostumei. eu já autorizei.
mas ele é um outro caos, com efeito mais líquido que gasoso como você, que me deixava em náusea, quando lá pelas tantas me levava para onde eu deveria ir com um beijo e um tchau que eu nunca sabia se seria para sempre ou não.