Monday, August 11, 2008

do meu cheiro de pimenta-rosa e o seu conhaque


Eu estava pensando em você quando ele ligou.
a tarde está como naquelas tardes de sábado ou domingo em que o céu azul-das-18-horas olhava a gente se se olhando deitados na cama.
o vento era leve e se misturava com o cheiro do meu perfume de pimenta-rosa e o conhaque que você bebeu, me ofereceu e eu não quis. E agora esse cheiro-lembrança passa lentamente para ele por extensão, descuido da minha saudade que deixou esse perfume se espalhar pelos meus passos enquanto eu atendia o telefone.
Mas ele, ele não tem esse cheiro, e transpor-lhe essa condição eu não aguento.
você sim. você é todo dor, amor, sentimentos visserais que me consomem e eu já me acostumei. eu já autorizei.
mas ele é um outro caos, com efeito mais líquido que gasoso como você, que me deixava em náusea, quando lá pelas tantas me levava para onde eu deveria ir com um beijo e um tchau que eu nunca sabia se seria para sempre ou não.

3 comments:

Romulo A Baptista said...

Eu definitvamente gostaria de escrever como vc. Eu achei maravilhoso.. ainda mais como vc consegue descrever o sentimento em palavras e fazer com que eu consiga visualizar o que quer me mostrar e o faz de forma tão primorosa. Fiquei fascinado.

Está de parabens..
Voltarei aqui mais vezes para ler o que vc escreve.

Bjos!!

Ricardo Pereira said...

eu adorei... esta coisa de não dar nomes, de oferecer pouco, de dizer de graça é só isso que vai ter e o resto pertence ao que eu sinto, preciso me ler nas entrelinhas também para me entender...

eu adorei... esta coisa de pintar um quadro com suas palavras, de adivinhar pelo cheiro o que você está querendo dizer, de conhecer aos poucos, de ficar amigo do que lhe é íntimo, que é a escrita (sua literatura a partir de agora) e que você manipula com doçura, como quem começa a mexer dentro de si mesmo para ver o que acha, quem é...

eu adorei... porque descubro um pouco mais, porque me apaixono um pouco mais, porque aprendo um pouco mais, porque leitor torno-me autor também, porque autora torna-se personagem também, porque não é algo que se separa de você, é algo que está em você e que você precisa escrever para ver, de outro jeito não vê...

beijo

Anonymous said...

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